Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo pode parar de atender pelo plano IPE

Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo pode parar de atender pelo plano IPE

Fotos: Beto Albert

Devido ao impasse mais de 20 instituições hospitalares pressionam para que o Estado reveja o modelo de remuneração. O Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria, está entre essas empresas. Até o momento, o hospital santa-mariense mantém os atendimentos aos usuários do plano. Mas há risco de suspensão. Com isso, os beneficiários teriam que pagar pelos procedimentos sem as reduções no valor ou recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os próximos passos do complexo depende das decisões da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) para seguir (ou não) prestando os serviços. 

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Ainda que a situação esteja normalizada, há relatos de casos pontuais em que pacientes tiveram dificuldades para realizarem procedimentos médicos no complexo hospitalar com o plano. Em um deles, o paciente está internado desde a semana passada para cirurgia no coração que seria realizada na segunda-feira (26).  Um dia depois, o cardiologista teria falado que não iriam atender mais pelo IPE, e que a cirurgia custaria R$ 30 mil.  

O provedor do complexo, Walter Jobim Neto, explica que estão cientes da dificuldade do acesso a procedimentos pelo plano, mas indica que isso não corresponde ao hospital.  

– Continuamos mantendo (o atendimento ao IPE) sem nenhuma alteração. Vamos ver o que que vai acontecer depois. O IPE está dificultando o acesso. Demoram com as autorizações, e os médicos ficam sem interesse de fazer, porque o dinheiro não vale a pena. As pessoas precisam buscar meios, como a mídia, de mostrar a situação que estão expostas,  devido a esse cenário – relata Jobim Neto. 

Consequências 

Mais da metade dos atendimentos realizados no complexo hospitalar é via IPE, diz o provedor Jobim Neto. São 56%, que representam mais de 10 mil pessoas. Se for decidido que não haverá mais atendimentos pelo IPE, a preocupação é com os recursos financeiros, já que grande parte do orçamento será comprometida. Um dos resultados pode representar a alteração no quadro funcional.

O provedor do complexo hospitalar, Walter Jobim Neto, detalha as preocupações com o IPE.

– São mil e setecentos empregados. Estamos preocupadíssimos com os efeitos financeiros, afinal nós temos uma folha de pagamento para honrar todos os meses. E se tivermos menos atendimentos, poderemos ter menos profissionais. Se fecharmos unidades, não há como pagar por estes profissionais. Esperamos que uma melhorar proposta do Estado para que as coisas normalizem – complementa Jobim Neto.   

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